A HISTÓRIA
Alethea Vaughn Channing é uma jovem viúva que, como a maioria dos membros da família Vaughn e seus primos Wherlocke, possui um dom. Desde criança ela têm visões com o mesmo garoto, hoje um homem e o marquês de Redgrave. Alethea nunca conheceu Hartley Greville, o marquês, pessoalmente, contudo, acompanhou os momentos mais importantes da vida dele através de suas visões. Mas, dessa vez, seu dom a avisa que Hartley corre sério perigo e ela sente que precisa avisá-lo antes que seja tarde demais, mesmo que para isso tenha que deixar sua casa no campo e ir até Londres, onde pede auxílio de seu tio Iago.
Hartley Greville é um homem inteligente, mas conhecido especialmente por ser um conquistador e já ter levado para sua cama as mulheres mais bonitas de Londres. Contudo, a verdade é que Hartley trabalha para o Governo e usa de sua influência e sedução para descobrir informações relevantes para a nação. Um homem muito lógico, Hartley não acredita que Alethea e seu primo Iago realmente possuem os dons sobrenaturais que dizem ter, entretanto, mesmo não os conhecendo, decide ouvir o alerta.
Rapidamente os três chegam a conclusão de que o novo alvo de Hartley, a sedutora francesa Claudete, é quem causa a morte do homem na visão de Alethea. Assim, junto com os amigos do marquês, Alethea, Iago e Hartley começam a bolar um plano para desmascarar a mulher, que se mostra uma inimiga fria e perigosa. Ao mesmo tempo em que buscam provas para incriminar Claudete, outros membros família Vaughn e Wherlocke também se envolvem, a pedido de Iago, na caça aos sobrinhos de Hartley, cujos pais foram assassinados por Claudete.
A ajuda de Alethea desperta a admiração de Hartley, que passa acreditar em seu dom e perceber que, não só ela, como todos os Vaughn e Wherlocke são boas pessoas. Contudo, algo mais surge entre o casal e rapidamente a paixão e o desejo se tornam inegáveis. Mas será que a inocente Alethea conseguirá se entregar para um conquistador como Hartley e que provavelmente partirá o seu coração? E Hartley, um homem prático e cético, que não acredita em amor, conseguira resistir aos sentimentos profundos que tomam o seu ser quando se trata da encantadora Alethea?
A SÉRIE
A Intuitivaé o terceiro volume da série Wherlocke, que conta com um total de sete livros (apenas os quatro primeiros foram lançados no Brasil). Cada volume da saga é independente e conta a história de amor de um membro diferente da família Wherlocke e seus primos, os Vaughn.
A LEITURA E A TRAMA
Eu comecei a saga Wherlocke pelo segundo livro, A Sensitiva, do qual gostei bastante. Contudo, após ler o primeiro livro, A Vidente, e não ser agradada em nada, fiquei com receio de também não curtir os dois últimos livros dos quatro lançados. E o início de A Intuitiva foi bem condizente com as minhas baixas expectativas. A trama desse terceiro volume é bastante parecida com a do primeiro, justamente pelas protagonistas possuírem o mesmo dom e se envolverem com seus pares quase da mesma maneira: após ter uma visão que mostrava que a vida deles corria perigo. Contudo, a história, nesse livro, conseguiu ser mais convincente e, no final, me agradar.
Até a metade do livro, a leitura de A Intuitiva foi bem arrastada e não me cativou. Contudo, do meio para o final, a obra conseguiu desenvolver um ritmo mais gostoso e me cativar. Apesar dos vários e vários clichês, e de não ter me surpreendido em absolutamente nada, terminei a leitura de A Intuitiva relativamente satisfeita. O livro não foi tão bom quanto o segundo, mas não tão ruim quanto o primeiro e conseguiu ser, no geral, uma leitura agradável.
OS PERSONAGENS
Os personagens de A Intuitiva, infelizmente, foram tão clichês quanto a trama. Alethea é a clássica jovem bondosa e inocente, mas consegue nos conquistar nos poucos momentos que demonstra coragem e força e encara de frente o perigo. Hartley também conseguiu me conquistar, ele não é o clássico canalha dos romances de época e sim um homem inteligente, um pouco cético também, e bastante honrado. Apesar de ter o jeito mandão de todos os protagonistas desse tipo de romance, ele conseguiu me agradar por ter aceitado, rapidamente, a estranha família dos Wherlocke e Vaughn, que são o grande brilho dessa série. Também gostei do desenvolvimento do relacionamento de Alethea e Hartley, não foi apressado e soou bastante convincente.
Um ponto definitivamente positivo de A Intuitivaé o grande número de Vaughns e Wherlockes que marcam presença. Eu adorei rever alguns dos personagens do segundo livro (até agora o meu favorito da série), como Arquimedes, Olimpia, Argus e Modred (o meu favorito de toda a família e motivo de raiva eterna por nenhum volume trazer uma história de amor dele), e gostei que eles tenham tido papéis importantes na trama. Fiquei especialmente contente com a participação de Argus, um Wherlocke capaz de fazer com as pessoas lhe falem qualquer coisa, mesmo seus segredos e pecados mais profundos, apenas com o olhar. Além de poderoso, Argus é charmoso e divertido e destaco a importância de sua aparição nesse livro justamente porque ele será o protagonista do próximo, o que me deixou ansiosa pelo quarto volume.
A EDIÇÃO
A edição desse livro está boa e segue o mesmo estilo da dos outros volumes da série. Eu gosto bastante da capa de A Intuitiva, ela é muito bonita e combina com a obra e com as outras da série, mesmo tendo um estilo diferente.
CONCLUSÕES FINAIS
Recheado de clichês e com uma trama que demora a ter um bom ritmo, acabei gostando de A Intuitiva e me cativando com a trama (mesmo sendo parecida com a do primeiro livro) e com os personagens. No geral, foi uma boa leitura, leve e sem grandes surpresas, excelente para passar o tempo. Como já comentei, estou ansiosa para ler o próximo volume, já que adoro Argus, o protagonista, mas estou tentando moderar as minhas expectativas para não me decepcionar, como aconteceu com o primeiro livro.
Apesar de seus altos e baixos, a série Wherlocke, em geral, é muito boa. Já estou triste por ter que, no próximo volume, me despedir dessa família incrível, e fico chateada que a editora não tenha lançado todos os livros aqui no Brasil. Para quem ama romances de época como eu, a série é interessante por trazer elementos sobrenaturais e tramas que fogem um pouco dos salões de bailes e jantares intermináveis. Só peço que, diferente do que fiz, não criem grandes expectativas antes de ler as obras, pois alguns detalhes maçantes e clichês podem desagradar.
QUOTE FAVORITO
“Ela estava causando um caos na sua vida, na sua mente e, em seu coração. Ele temia por isso, mas ao mesmo tempo não sabia o que fazer a respeito. Havia até mesmo uma parte sua que não queria parar, e esta parte ganhava forças diariamente.” Pág. 64
Título Original: If He’s Wild
Série: Wherlocke
Volume: 3
Autora: Hannah Howell
Editora: Lua de Papel
ISBN: 9788563066701
Ano: 2011
Páginas: 224
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