Como disse na resenha de Encontros & Desencontros(aqui), ultimamente tenho apreciado bastante contos e crônicas pela falta de tempo para ler. E, pelo visto, estou tendo sorte com as minhas escolhas de livros. Como minha leitura anterior, Prometo Falharé uma coletânea de crônicas rápidas, mas muito profundas e tocantes.
Peguei Prometo Falhar sem ao menos ler a sinopse, mas já certa de que gostaria, já que todos estão falando muito bem da obra. Entretanto, fui em muito surpreendida quando não me deparei com um romance e sim com um conjunto de crônicas que coloca muitos autores de romances românticos no chinelo. Já li histórias de amor de mais de 500 páginas que não me emocionaram nem um décimo do que algumas crônicas de Prometo Falhar, de duas ou três páginas.
As palavras do autor português possuem quase que uma mágica própria, já que nos envolve da primeira sílaba do livro até a última. Entretanto, essa é uma obra para ser lida devagar, para ser degustada. Cada pequena crônica traz seu universo próprio, sua singularidade que precisa se digerida com paciência e paixão. Apesar disso, a maioria das pequenas histórias tem um ritmo rápido e delicioso. Uma experiência muito gostosa é não ler o livro da forma convencional, do começo para o fim, e sim pegá-lo e abri-lo em uma página aleatória, para se encantar e surpreender ao acaso.
E junto dos muitos e únicos personagens, nos apaixonamos a cada crônica. Os cenários são diversos, mas há sempre o amor como pano de fundo. Sempre entrelaçado a outros sentimentos, o autor gajo traz o amor sobre um caleidoscópio, suas muitas facetas são banhadas em uma beleza única. O amor platônico, o amor carnal. O amor idealizador e o amor desconstruído. O amor de casal e o amor de pai e filho. O amor que só vê ilusões e máscaras e o amor que vê a verdadeira alma. O amor carinhoso e o amor explosivo. O amor possessivo e amor solidário. O amor saudoso e o amor arrependido.
As infinitas facetas do amor estão todas aqui, expostas como belíssimas telas de composição aparentemente simples, mas que guardam um pouco de boa técnica, muitos sentimentos e muita complexidade. A escrita do autor é maravilhosa, mas não por ser muito elaborada e sim por ser do tipo que consegue nos colocar dentro das palavras, dentro das histórias e dos personagens e nos fazer sentir todos os sentimentos que ele descreve com mastreia impressionante.
As infinitas facetas do amor estão todas aqui, expostas como belíssimas telas de composição aparentemente simples, mas que guardam um pouco de boa técnica, muitos sentimentos e muita complexidade. A escrita do autor é maravilhosa, mas não por ser muito elaborada e sim por ser do tipo que consegue nos colocar dentro das palavras, dentro das histórias e dos personagens e nos fazer sentir todos os sentimentos que ele descreve com mastreia impressionante.
Eu amei Prometo Falhar, que não é do tipo de uma leitura só e sim feita para ficar ali na cabeceira, sempre a mão, sempre a disposição para aqueles momentos em que você precisa apenas se sentir apaixonado. E é assim que o livro nos deixa, com um sorriso enorme no rosto e o peito aquecido. Prometo Falhar desperta em nós toda uma gama de sentimentos, mas principalmente o amor, e nos faz querer ter mais dele no dia a dia. Esse é aquele tipo de livro que de, tão belo, te faz começar a perceber a beleza da sua própria vida. Que te faz olhar ao redor e se sentir feliz por estar vivo e com pessoas tão maravilhosas ao seu redor. Prometo Falharte deixa apaixonado pela vida.
A edição da obra também está perfeita. A diagramação simples combina muito a rapidez das crônicas e não possui nenhuma detalhe ou adereço que possa nos distrair da grande beleza do livro: as pequenas histórias. Entretanto, confesso que fiquei bem agoniada por grande parte dos textos não ter pontos finais (apenas vírgulas, exclamações e interrogações) e letras maiúsculas. A capa é simplesmente maravilhosa, uma das minhas favoritas da minha estante.
Título: Prometo Falhar
Autor: Pedro Chagas Freitas
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581637495
Ano: 2015
Páginas: 400
*Esse livro foi uma cortesia da Editora Novo Conceito